Uma equilibrista bêbada

Hello people
Tava aqui lendo e relendo esse último post aí da doida.
Eu acho que ela escreveu pra mim, mas talvez não tenha sido.
Pode ter sido só o encaixe, o momento. O tempo que a gente encontra.
Lendo e relendo sobre o tempo, eu penso mais algumas colocações.

Você aí... Tá triste?
Okei, permita-se ficar triste, chore um pouco, esperneie, queira colo, queira gritar...
Mas não permita que essa tristeza se prolongue.
Não se machucar também depende de nós.

É preciso diferenciar a dor que se sente da dor que nós mesmos causamos.
É normal ficarmos triste, é saudável.
Afinal se a vida fosse só alegria aprenderíamos com o quê?
Mas é mais saudável tentar colocar a cabeça no lugar, mesmo quando os pensamentos parecem um turbilhão. mesmo quando não se sabe nem por onde começar.
Saia de casa, se permita sorrir, deixa o sol entrar no corpo.

Ultimamente, eu ouvia vozes gritando no meu pensamento, perdi o rumo, me desequilibrei,
uma equilibrista bêbada, tentando não cair para algum lado. Mas eu caí, caí e me machuquei.
Eu, que já andava tão segura nessa corda bamba da vida.
Talvez seja isso, mostrar segurança demais. A vida sente que a gente já pensa que sabe de tudo, aí ela vem de mansinho, espera o nosso desarme, nosso sorriso mais honesto e pronto, nos dá uma rasteira que nem se sabe de onde veio.
Até cair há a tontura, a sensação de que se consegue equilibrar.
Mas não, agora o melhor que se faz é deixar-se cair, respirar, limpar os arranhões e machucados, respirar mais um pouco e, agora sim, subir novamente na corda bamba.
Não será a última vez q eu caio, mas dessa vez, me dei conta que tava caindo, caí do jeito certo, sem quebrar nem perder nada.
Talvez a gente aprenda mesmo é a cair.
Talvez a gente precise mesmo é levantar.
Por experiência, aprendi que não se levanta sozinho.
É preciso uma mão, é preciso um sorriso dizendo que dá. Dizendo que falta pouco.
É preciso alguém pra ajudar a limpar a fantasia rasgada, a sombrinha quebrada, a sapatailha que desamarrou...
é preciso respirar o mais fundo da alma, contar até o infinito e,novamente, com os dois pés no chão, equilibrar-se de novo nessa corda da vida.










"Quando a dor se aproxima, fazendo eu perder a calma, passo uma esponja de rima, nos ferimentos da alma..."
Cordel do Fogo Encantado